((( Quem mexeu no meu iPod?)))
Quem Mexeu no Meu iPod?






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24.11.09

“ e os hipopótamos foram cozidos em seus tanques”

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Escrita a quatro mãos, a história é construída pelo ponto de vista de dois personagens, Will Dennison e Mike Ryko -- respectivamente Burroughs e Kerouac, que se alternam na redação dos capítulos. O garçom e o marinheiro relatam seu dia a dia de ócio, experiências com drogas e sexo, encontros com os amigos e o desfecho criminoso.

Em Nova York, em 1944, um amigo dos dois, David Kammerer, fora assassinado por outro conhecido do grupo, o então adolescente Lucien Carr -- Kammerer era obcecado por Carr, que não aguentava mais as constantes perseguições do apaixonado.

O episódio dramático serviu de matéria-prima para Kerouac e Burroughs, que deram origem, em 1945, à obra "E os Hipopótamos Foram Cozidos em Seus Tanques" (Cia. das Letras, 176 páginas). O livro ficou guardado até o ano passado, quando foi publicado nos Estados Unidos - um acordo garantia que o manuscrito somente viesse a público depois que Lucien Carr morresse, o que aconteceu em 2005. Uma edição brasileira foi publicada neste ano.

Nas páginas, sexo volátil e experiências vazias com drogas de todos os tipos são relatadas,para construir uma decadente Nova York que vive o fim da segunda guerra mundial. A desesperança, o ócio e a falta de perspectiva pontuam uma narrativa ágil e cínica, onde a relações afetivas não passam de jogos de relação de poder e sobrevivência.

"Imaginei toda uma filosofia baseada na idéia de que o desperdício é o mal e a criação é o bem. Enquanto você está criando algo, tudo bem. O único pecado é o desperdício de suas potencialidades. " – Burroughs"

"O cara não é um canalha, ele é um financista. “ - Kerouac

8.10.08

É Claro que Você Sabe do que Estou Falando

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Miranda July, a autora do genial “É claro que você sabe do que eu estou falando”, é diretora de cinema, artista plástica, performática, atriz e mais o que ela quiser ser. Antes de comentar sobre o livro é preciso deixar de antemão um sentimento que percorreu toda a leitura do livro. Deu uma vontade incrível de antes de conhecer um novo amigo, colega, ou alguém com quem se estabeleça uma relação afetiva a vontade de sugerir a leitura desse livro, antes de mais nada. Antes que se perca tempo com auto – explicações e desculpas. Pois, o livro denota exatamente a sensação do tédio, do absurdo e, sobretudo da magia de que são as relações humanas.

"É Claro que Você Sabe do que Estou Falando" (tradução de Celina Portocarrero, lançamento da editora Agir) reúne 16 contos publicados originalmente em revistas literárias - "The Paris Review, Harper's" e "The New Yorker", por exemplo. O ponto comum entre as narrativas é a maneira como foram ambientadas: em lugares tão tranqüilos e entediantes. Os personagens de July parecem se dar conta do aprisionamento que esses ambientes pacatos causam em suas vidas e tentam empreender uma fuga, ainda que numa esfera apenas emocional.

A autora já tinha nos conquistado com seu filme: Eu você e todos nós de 2005 do qual assina roteiro, direção e ainda é a atriz protagonista. Tantas tarefas não a impediram de fazer um filme elogiadíssimo, com enorme carga autobiográfica e muito equilíbrio entre a tristeza e o humor dos personagens. Miranda colecionou premiações com o longa, como a Caméra d'Or no Festival de Cannes - concedido ao melhor filme de diretor estreante; escolha do júri em Sundance.

Para que vocês entendam do que estou falando, assista o curta metragem abaixo e percebam a sutileza, simplicidade e sobretudo, profundidade em que ela fala sobre as relações humanas



E se você quiser ler de fato, só baixar aqui.

14.8.08

Michel Gondry lança HQ nos EUA

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O cineasta francês Michel Gondry lançou nos EUA "We Lost The War, But Not The Battle" (Nós perdemos a guerra, mas não a batalha) sobre quatro amigos que conseguiram sair do serviço militar mas são chamados para combater lindas, musculosas e sexies garotas comunitas. A arte é puramente Gondry: desenhos com perspectivas surreais para deixar o leitor tonto. As primeiras páginas podem ser vistas aqui. No vídeo abaixo Gondry resolve um cubo mágico com o nariz depois resolver com o pé.



Falando em Gondry, esse vídeo da banda Takka Takka tem a cara dele:

6.8.08

Lynch amanhã na Livraria Cultura

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Quem tiver tempo não deixe de passar as 15h na Livraria Cultura no Conjunto Nacional na Av. Paulista para pegar autógrafo do diretor americano David Lynch (Veludo Azul, Cidade dos Sonhos)!Além de autografar seu novo livro Águas Profundas: Criatividade e Meditação, Lynch vai palestrar sobre meditação no teatro Eva Herz, no mesmo local.



Vamos levar nossas cópias piratas de Cidade dos Sonhos e Império dos Sonhos para autógrafo!E vocês já viram esse comercial de serviço público dirigido por ele ? O mais assustador ever!

16.7.08

Tragam Seus Cavalos

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1, 2, 3 Let's Go

Lufe Steffem
figura criativa da noite paulistana, acaba de lançar o livro “Tragam seus Cavalos Dançantes” que conta a historia do GRIND – Rock Project For Mix People. Bom, quem já foi nas noites de domingo do clube noturno “ALOCA”, pode gostar desse livreto cheio de depoimentos de gente que fez, faz, freqüentou e freqüenta o clube mais sujinho e queridinho de São Paulo.
Longe de querer fazer qualquer tratada sociológico, ou criar uma narrativa linear, ou autor apenas organiza comentários num livro, bem “piada interna”. Se em alguns momentos ele encontra personalidades que tem o que dizer como a Transex Claudia Wonder que fala sobre o Madame Satã, outra casa antológica da noite paulistana “lá não existia preconceito ... Nunca ouvi falar que barraram um travesti, porque estava com seio de fora. Eu acho que o sucesso do Satã deve-se ao fato de que todo mundo quando ia para lá assumia uma atitude underground ao pé da letra, lá era o terreno propício para nos livrar de toda a caretice que a sociedade nos impunha. Foi uma época de contestação, coisa que eu sinto falta hoje em dia com todo esse conformismo que caracteriza a geração pós-aids”.. Também encontramos outros depoimentos nem tão inspiradores assim “Nós somos uma família, muitas pessoas você gota, muitas você não gosta, ma afinal de contas nós gostamos até de quem nós não gostamos, por isso que a gente ta lá, por causa das pessoas (...) É o amor que nós temos pelas pessoas, que nós gostamos e pelas pessoas que nós não gostamos, que no fundo a gente até gosta”. Diz o estudante e freqüentador Krishna. Num apanhado geral o livro é bem broxante, e talvez sirva de historinha pra quem ainda vai cair na noite.
Existe em todo livro uma vontade incrível de se fazer “a história do Grind” valer a pena. Mas eu acho difícil, parecer original, quando para que se valide o projeto os depoentes, sempre buscam referencias gringas, algo que os trausentes da noite sempre fazem. Sono.
Eu que já fui freqüentador assíduo do projeto, quando esse ainda tocava rock, era realmente inocente e delicioso ouvir: Marilyn Manson, Smashing Pumpikns, Suede e Pulp. Ao contrário hoje, rola muito Rick Martin, Dança do Créu e derivados. O público heterogêneo faz a casa parecer um baile de formatura de administração da AGV. Quer uma dica, vá na Terça que o “Tapa na Pantera” é bem mais legal.

18.6.08

Como me tornei estúpido

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Você tem que ler! Era a sentença de 10 em cada 10 leitores amigos sobre o livro: Como me tornei estúpido.

O que dizer sobre esse livro?

Com alguns bons momentos: “A vida não era mais do que uma infinita tortura. Ele não sentia prazer em ver o dia raiar, todos os seus instantes eram ácidos e estragavam o gosto do que teria podido ser agradável. Como ele nunca tivera verdadeiramente a impressão de viver, não tinha medo da morte. E ele até estava feliz por encontrar na morte a única prova tangível de que ele estivera na vida”. E outros bem enfadonhos, é um típico livro tese sobre um drama classe média, onde o autor/personagem fica reclamando que a capacidade de refletir o afasta de uma boa qualidade de vida social.

Caso você seja aquele tipo de pessoa reflexiva vai acabar se identificando em vários momentos com Antoine, o personagem que tenta se idiotizar. Seja por já ter pensado: Se eu fosse burro não estaria passando por isso! Ou por acabar não aproveitando alguma situação por pensar na conseqüência que ela pode reverberar.

Em contraponto a isso o livro é recheado de clichês e de uma mágoa não de quem é culto e reflexivo, mas de quem é feio e esta fora dos padrões de consumo. E isso acaba se tornando uma armadilha fatal pra qualidade das discussões levantadas por Martin Page.

26.5.08

Entrevista com Julianne Moore

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Julianne Moore recebeu a reportagem do Jornal do Commercio no Hotel Martinez, em Cannes.
pór Kleber Mendonça Filho


Pergunta – José Saramago viu o filme?

JM – Ainda não, a filha dele estava na sessão oficial, ela gostou muito, o que me deixou feliz. Nesta próxima sexta, eles vão levar o filme para Lisboa para que ele o veja.

KMF– O seu personagem, "a mulher do médico", sai fortalecida no filme. Quando de você mesma foi no fortalecimento da personagem?

JM – Como atriz, a melhor coisa que você tem ao seu dispor é você mesma. Você tenta sempre enfocar do ponto de vista dela e aí você vai se colocando aos poucos. Com essa personagem, eu não conseguia nem enxergar o seu "o arco", se é que ele existe, eu só tinha que ir daqui para ali. Literalmente, ela ia por partes, tipo, "hoje eu faço isso", "hoje eu lavo as roupas dele", "isso está sujo". Há uma cena que infelizmente foi cortada onde eu lavava o cabelo de Alice (Braga), ela tentava se lavar na pia e eu chegava e lavava o cabelo dela. Não era um sistema onde ela pensava "vou ajudar essas pessoas que não estão enxergando", mas pequenos passos tomados em direção a um senso de responsabilidade.

KMF– Qual seria o objetivo do filme para vocês que o fizeram?

JM – Filmes não prevêem nada, filmes apenas refletem. Quando você adapta literatura, tenta-se iluminar uma história com o próprio cinema, tenta-se habitar essa história. Não faz parte do meu trabalho dizer o que vai acontecer porque, afinal de contas, esse filme reflete uma ansiedade que aflige toda uma cultura globalmente. Como Fernando diz sempre, há várias maneiras de olhar para essa história, politicamente, socialmente.

KMF – A cena que muitos comentam no filme é a do estupro do grupo de mulheres, também momento forte originalmente do livro.

JM – Nós nunca duvidamos da capacidade e delicadeza de Fernando para tocar essa cena. Sabia que ele seria específico e cuidadoso em relação ao que ele precisava. Também tínhamos um grupo de atores muito conscientes em relação aos sentimentos dos colegas. É também uma cena importante também até por fazer alguns questionar "será que as pessoas desceriam àquele ponto?" É claro que sim, e um comportamento conhecido nas guerras, estupro. Na verdade, trabalhar o livro Ensaio Sobre a Cegueira é tarefa tão árdua para o ator, especialmente para o meu papel. Como atuar e mostrar que ela quer fazer algo, mas ela não faz? A direção de Fernando (Meirelles) me permitiu desenvolver isso, pois ele administra tanta informação ao mesmo tempo em que ele pinta o quadro com um pincel pequeno, que deixa que o seu rosto fale muito do que fica implícito.

KMF – Na coletiva de imprensa você parecia empolgada com a idéia de filmar com diretores de outras nacionalidades, Fernando Meirelles, brasileiro, um filme recente seu ainda em finalização – Shelter - dirigido por dois suecos, Måns Mårlind e Björn Stein. Há uma diferença entre trabalhar com diretores americanos e estrangeiros?

JM – Eu sou uma atriz americana e aço filmes, em grande parte, americanos. No entanto, o mundo está mudando e essa "experiência global" está se tornando mais presente e ganhando reflexo no mercado de cinema. Ao mesmo tempo, não há uma diferença. É claro que há diferenças culturais, o que, obviamente, vira piada rapidamente, "o que faz os suecos serem o que são?", "porquê brasileiros são diferentes?", mas no final das contas, quando você está ali trabalhando, todos usam o mesmo vocabulário, o do cinema. Outra coisa é que, como artista, abre literalmente outros mundos para você que não estavam disponíveis dez anos atrás, ou mesmo cinco anos atrás. Ensaio Sobre a Cegueira, por exemplo, foi financiado com dinheiro do Japão, Canadá e do Brasil.

KMF – Vendo ano passado Pecados Inocentes aqui em Cannes, fica difícil não cogitar se uma atriz como você não fica com cicatrizes deixadas por personagens.

JM – Não fico, é tudo faz de conta. Tenho enorme interesse no comportamemto, porque as pessoas fazem o que fazem, porque as coisas acontecem, as conseqüências do comportamento. Fiquei fascinada pela família Baekeland (família adaptada de personagens reais, em Pecados Inocentes), eles eram realmente problemáticos psicologicamente, era claro que havia ali doença mental, alcoolismo e drogas, necessidade voraz por atenção, ela era maníaco depressiva e alcoólatra, ele foi diagnosticado como paranóico esquizofrênico.

KMF – Você está na capa da Vogue francesa esse mês, em todas as bancas. Você gosta de fazer esse lado "glamour"?

JM – Sabe que gosto?! Essa capa, em especial, eu levei muito a sério, toda a equipe representa o que há de mais sofisticado em estilo hoje no mundo, nós fotografamos muito rapidamente, foi tudo muito fácil, eu tenho que dizer que achei o máximo estar na capa da Vogue francesa.

KMF – Como foi sua experiência em São Paulo, durante o tempo em que filmou lá?

JM – Obviamente que me diverti muito lá, as pessoas foram fantásticas, mas é tão grande, tão movimentada. Até mesmo Fernando voltava impressionado com a energia louca da cidade. É uma cidade de extremos, e acho que isso foi perfeito para o filme, com riqueza extrema e pobreza extrema lado a lado. É mais um exemplo de "será que as pessoas estão vendo isso, ou estão preferindo não ver?" O próprio uso de helicópteros para evitar áreas ruins é uma amostra disso. O que acontece numa cidade como São Paulo é apenas mais dramático, pois é algo que se passa em todo o mundo.

8.5.08

Novo de Gabriel García Márquez

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O escritor colombiano Gabriel García Márquez (dos sensacionais Cem anos de Solidão e O Amor nos tempos do Cólera") publicará antes do fim de 2008 um novo romance sobre o amor. O jornalista Darío Arizmendi, disse que se reuniu no fim de semana no México com o escritor, que lhe contou que está dando os últimos toques em seu novo romance, cujo título ainda não foi definido. "Trata-se de um romance que García Márquez tinha na geladeira. Ele o criou, escreveu um rascunho, não gostou, escreveu outros até chegar a um quinto rascunho. Agora está pronto. É um livro sobre o amor e sairá antes do final de 2008, em agosto ou setembro", garantiu Arizmendi. O jornalista, um amigo próximo do autor ganhador do Nobel de Literatura de 1982, terá cerca de 250 páginas e disse que Márquez está completamente lúcido aos seus 81 anos de idade.
O último romance do escritor, "Memórias de Minhas Putas Tristes" foi publicado em 2004.



Novo Leak ao Lado
Baixe já o álbum da Scarlett Johansson, uma surpresa e tanto!
Parece algo como "prima de terceiro grau da Cat Power" - destaque para "I dont wanna grown up" !

28.4.08

The Enchantress of Florence

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Rushdie volta ao realismo mágico que consagrou sua literatura

O escritor britânico Salman Rushdie é conhecido sobretudo por "Os Versos Satânicos", de 1988, que provocou a ira de muçulmanos e o obrigou a viver na clandestinidade, depois de o então líder religioso supremo do Irã lançar uma nota edital condenando-o à morte. Um dos livros mais interessantes que já li na vida!

"The Enchantress of Florence", seu décimo romance, é uma história que se passa nos séculos 15 e 16, sobre intrigas de cortes na Florença e em Fatehpur Sikri, capital do império mogol. A nova obra marca o retorno ao realismo mágico que é a marca registrada de Rushdie. (O livro é presente do Shiller que acabou de traduzir - ainda não lançado no Brasil). O livro é um conto sobre duas cidades criado por Rushdie gira em torno de personagens verídicos, como o grande imperador mogol Akbar e o filósofo italiano Nicolau Maquiavel, além da misteriosa beldade Qara Koz, que encanta os homens que a vêem.(Para quem gostou de "Quando Nietzsche Chorou" esse aqui é um desafio e tanto).

Segundo Shiiler intenção original do autor de 60 anos era ambientar a história inteiramente na Europa, mas ele acabou por dividir a narrativa entre duas grandes civilizações que mal sabiam da existência uma da outra. "Acabei escrevendo um livro que eu não pensara em escrever", disse Rushdie. "Eu pensara em escrever um livro sobre as diferenças, mas me descobri escrevendo um sobre as semelhanças."

Publicado pela Random House, o livro dividiu a crítica. O The Guardian o considerou "magnífico", enquanto o Sunday Times disse que é "a pior coisa que Rushdie já escreveu". Em "Enchantress", Akbar exemplifica a tolerância religiosa e social e é defensor da liberdade de pensamento e expressão, uma postura criticada por muitos na época. É uma questão e tanto para os dias atuais, onde vivemos em busca de uma democracia desesperada, implantando um pensamento politicamente correto e demasiadamente conservador ao mesmo tempo. E, apesar do exemplo de Akbar e da crença de Rushdie na idéia de que a natureza humana é universal, o autor é pessimista em relação ao futuro. (Nós aqui do I-pod também somos)

"Mesmo hoje, olhando para como todos estamos nos comportando, percebe-se que não somos tão diferentes assim. O problema é que nos vemos como o outro do outro, quando, na realidade, somos a imagem espelhada do outro." Filosofa o autor. Isso reafirma minha tese de que a onda de pessoas saindo do Brasil, a fim de uma carga "cultural" é fruto de um desejo de consumo, de um grupo seleto da classe média baixa que aspira um conhecimento burguês no continente velho ou na América puritana!

"Há uma ruptura profunda em nossa capacidade de descrever o mundo do mesmo modo. Quando isso acontece, torna-se muito difícil concordar em relação a qualquer outra coisa." Ou seja, que tal a gente colocar um espelho na frente do monitor e refletir mais sobre quem somos e o quão pouco sabemos! E lembrar que Ticket de viagem não vai salvar ninguém da mediocridade.

Dica: Leia esse livro ao som de Matmos e Sweet Coffee!

9.1.08

Elogio a Feiura

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Chegou ao Brasil o último livro publicado por Umberto Eco autor de livros como "A História da Beleza" e "O Nome da Rosa". Seu novo trabalho trata-se de uma coletânea sobre 3 mil anos de pesadelos, terrores, inquietações e deformações. Os pesquisadores nunca despenderam muita energia para falar do feio em seus tratados estéticos. Em geral, a feiúra sempre foi vista como mero oposto da beleza e, ao longo da história da filosofia, ficou mais ou menos entendido que as muitas definições do belo, de Platão a Nietzsche, também dariam conta de seu contrário, o feio.E para quem não se interessa em dialogar com o que não é considerado bonito, o livro levanta a seguinte questão: se relativização do belo implica necessariamente a aceitação do feio. "Será que na base do aparente culto do feio não há um secreto anseio de tornar isso belo?", pergunta Marco Aurélio Werle. "Como é possível considerarmos, na representação, o feio belo, ao passo que na vida real não o toleramos?

Veja também: O Império do Grotesco, de Muniz Sodre e Raquel Paiva