Elogio a Feiura
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Chegou ao Brasil o último livro publicado por Umberto Eco autor de livros como "A História da Beleza" e "O Nome da Rosa". Seu novo trabalho trata-se de uma coletânea sobre 3 mil anos de pesadelos, terrores, inquietações e deformações. Os pesquisadores nunca despenderam muita energia para falar do feio em seus tratados estéticos. Em geral, a feiúra sempre foi vista como mero oposto da beleza e, ao longo da história da filosofia, ficou mais ou menos entendido que as muitas definições do belo, de Platão a Nietzsche, também dariam conta de seu contrário, o feio.E para quem não se interessa em dialogar com o que não é considerado bonito, o livro levanta a seguinte questão: se relativização do belo implica necessariamente a aceitação do feio. "Será que na base do aparente culto do feio não há um secreto anseio de tornar isso belo?", pergunta Marco Aurélio Werle. "Como é possível considerarmos, na representação, o feio belo, ao passo que na vida real não o toleramos?
Veja também: O Império do Grotesco, de Muniz Sodre e Raquel Paiva
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