((( Quem mexeu no meu iPod?)))
Quem Mexeu no Meu iPod?






16.7.08

Tragam Seus Cavalos

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1, 2, 3 Let's Go

Lufe Steffem
figura criativa da noite paulistana, acaba de lançar o livro “Tragam seus Cavalos Dançantes” que conta a historia do GRIND – Rock Project For Mix People. Bom, quem já foi nas noites de domingo do clube noturno “ALOCA”, pode gostar desse livreto cheio de depoimentos de gente que fez, faz, freqüentou e freqüenta o clube mais sujinho e queridinho de São Paulo.
Longe de querer fazer qualquer tratada sociológico, ou criar uma narrativa linear, ou autor apenas organiza comentários num livro, bem “piada interna”. Se em alguns momentos ele encontra personalidades que tem o que dizer como a Transex Claudia Wonder que fala sobre o Madame Satã, outra casa antológica da noite paulistana “lá não existia preconceito ... Nunca ouvi falar que barraram um travesti, porque estava com seio de fora. Eu acho que o sucesso do Satã deve-se ao fato de que todo mundo quando ia para lá assumia uma atitude underground ao pé da letra, lá era o terreno propício para nos livrar de toda a caretice que a sociedade nos impunha. Foi uma época de contestação, coisa que eu sinto falta hoje em dia com todo esse conformismo que caracteriza a geração pós-aids”.. Também encontramos outros depoimentos nem tão inspiradores assim “Nós somos uma família, muitas pessoas você gota, muitas você não gosta, ma afinal de contas nós gostamos até de quem nós não gostamos, por isso que a gente ta lá, por causa das pessoas (...) É o amor que nós temos pelas pessoas, que nós gostamos e pelas pessoas que nós não gostamos, que no fundo a gente até gosta”. Diz o estudante e freqüentador Krishna. Num apanhado geral o livro é bem broxante, e talvez sirva de historinha pra quem ainda vai cair na noite.
Existe em todo livro uma vontade incrível de se fazer “a história do Grind” valer a pena. Mas eu acho difícil, parecer original, quando para que se valide o projeto os depoentes, sempre buscam referencias gringas, algo que os trausentes da noite sempre fazem. Sono.
Eu que já fui freqüentador assíduo do projeto, quando esse ainda tocava rock, era realmente inocente e delicioso ouvir: Marilyn Manson, Smashing Pumpikns, Suede e Pulp. Ao contrário hoje, rola muito Rick Martin, Dança do Créu e derivados. O público heterogêneo faz a casa parecer um baile de formatura de administração da AGV. Quer uma dica, vá na Terça que o “Tapa na Pantera” é bem mais legal.

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