Onde os Fracos Não Têm Vez
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Onde os Fracos Não Têm Vez, roteirizado do livro de Cormac McCarthy pelos próprios irmãos Coen, começa quando o insignificante Llewelyn mirando com seu rifle um animal (que mais tarde se tornaria a caça) encontra numa caminhonete abandonada no deserto uma maleta com muito dinheiro cercado por corpos que formam uma chacina. Com isso começa uma fuga para lugar nenhum perseguido pelo enigmático, ultra violento e inteligente Anton Chigurh (Javier Bardem, numa atuação perturbadora), um dos personagens mais marcantes dos últimos tempos. Esse assassino profissional (sua arma é muito original, uma pistola que libera fortíssimos jatos de ar) também é perseguido pelo xerife Ed (Tommy Lee Jones, ótimo).
Segue aí cenas de pura violência, tensão e diálogos cínicos, porém nunca hipócritas.
A direção soberba dos irmãos Coen (do genial Fargo) nos leva à tensão, perseguição arrepiante, resultando num desfecho inesperado e totalmente anti-hollywoodiano.
Toda a interessante personalidade do vilão que decide a vida de suas vítimas através de cara ou coroa, um código de ética que só funciona em sua mente, o que o leva ao êxtase numa cena marcante em que sufoca um homem e só encara o teto.
No Country For Old Men é um filme complexo, porém passa tranquilamente, tratando da violência de forma natural enquanto o filme se desdobra. Indicado a oito Oscar, incluindo melhor filme, melhor direção, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Javier Bardem, o filme estréia hoje em São Paulo. Imperdível.
Nota:
/5
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