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Quem Mexeu no Meu iPod?






29.9.08

Skol Beats 2008

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Enfim começou a temporada de festivais e shows do Brasil, mais precisamente do eixo Rio-São Paulo. A edição 2008 foi uma das mais marcantes da história do festival, bem organizado, sem grandes atrasos, cerveja barata e muita gente animada.

Killer on The Dancefloor
A dupla de DJs paulistanos Phillip A. e Fatu abriram o palco principal e tocaram para um público bem pequeno mas empolgante. O set recheado de samples modernos e fazendo uma viagem de gêneros, de hip-hop ao rock, dando uma volta no pop glam.

Montage
A banda de Fortaleza animou quem estava presente com a exagerada perfomance junkie-bitchie do vocalista Daniel Peixoto. Com visual andrógino, o vocalista usa e abusa de clássicas perfomances de Bowie, Iggy Pop e Madonna, um exemplo de um clichê "absurdete", o som é muito bom, ouvindo numa pista.

MixHell
A dupla formada por Iggor Cavalera (ex-baterista do Sepultura) e sua esposa Lama Layton foi responsável para aquecer o público para Justice e conseguiram: ótimos momentos de electro com a bateria pesada de Cavalera.

Justice
As pessoas foram para a frente, para estar mais próximos dos seus ídolos. O culto foi frenético: gritos, mãos para cima, êxtase. As cortinas se abriram com ventos divinos e uma cruz branca apareceu no centro de equipamentos eletrônicos; nas laterais, paredes de amplificadores poderosos. A platéia ensandecida gritava; trompetes soaram gravemente fortes, pesados, era uma presença a ser anunciada. Duas figuras magras comandavam tudo atrás da cruz, que acendia, apagava e mudava de cor durante toda a apresentação. A mensagem foi dada: "Nós somos seus amigos, você nunca mais ficará sozinho"; e o coro que gritava a mensagem crescia a cada repetição. A última apresentação live da dupla francesa Gaspard Augé e Xavier de Rosnay, ou simplesmente Justice no Live Stage do Skol Beats 2008 foi memorável. O público aguardando ansiosamente recebeu o show como uma benção, uma experiência religiosa, existencialista, comandada por dois grandes nomes da música eletrônica. A dupla tinha toda a platéia nas mãos, assim como as grandes igrejas: no levantar de um braço, no silêncio feito para despertar o desejo de mais música, a única resposta era amém. O visual simples, porém não simplista, usava apenas cores para ilustrar os sentimentos que as músicas passam, desde o rosa chocante de D.A.N.C.E. até o vermelho nervoso de Streess; e o branco aterrorizante de Phantom que fez com que o show terminasse, a dupla se despediu apenas com um aceno, sem dizer uma só palavra, a mensagem foi recebida.



DJ Marky
Rei do Drum 'n' Bass, DJ Marky animou todo o público com seu som já popular pelas rádios brasileiras e sua simpatia, fazendo todo mundo se jogar!

Pendulum
A banda australiana de metal fez um show ok, único ponto baixo do festival, onde o vocalista irritante Rob Swire pedia sem parar para o povo se animar mais.

Digitalism
Outro grande destaque do Skol Beats, o duo alemão fez uma apresentação pesada, muito barulhenta que levou o público ao delírio com os hits Zdarligh e Pogo.


Foto Marcelo Elídio

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