((( Quem mexeu no meu iPod?)))
Quem Mexeu no Meu iPod?






19.2.14

Favoritos 2013 | Séries

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Em ordem alfabética.


American Horror Story: Coven
No primeiro episódio temos Kathy Bates ameaçando escravos (“se você não ficar quieto, abro sua boca e enfio mais merda dentro dela”) e espalhando sangue fresco no rosto num ritual de beleza bizarro. Pensei comigo: preciso assistir. Daí pra frente quem rouba a cena é Jessica Lange (num overacting maravilhoso de se ver), referências a Fleetwood Mac (Stevie Nicks participa da série) e uma história tão embaralhada, com tanta coisa acontecendo e uma filmagem que exagera em todos os efeitos disponíveis (de fish eye a lens flares). Tão ruim que fica boa.


Arrested Development
Muitos temeram e muitos tiveram altas expectativas com a volta da família Bluth (que foi abruptamente cancelada em 2006). Juntando a opção de ver tudo de uma vez do Netflix com a força criativa dos escritores, foi criado um jogo de episódios com foco em cada personagem onde histórias se entrelaçam e acontecimentos se revelam. Além disso, foi um prazer ver novas cenas de personagens inesquecíveis como Lucille, Buster e Tobias Funke.


Boardwalk Empire
Depois de uma terceira temporada labiríntica com muitas histórias paralelas acontecendo ao mesmo tempo (mas mesmo assim ótima), a quarta temporada encontrou um ritmo mais amarrado na narrativa de personagens diversos com temas em comum (o fardo da família, as barreiras das raças e uma cruzada cheia de crime em busca do poder). Em seus 12 episódios, cada um bem estruturado e com força única, o arco de cada personagem poderia preencher um filme - com destaque para o núcleo de Chalky White, apresentando Jeffrey Wright como o melhor vilão que a série já teve.


Breaking Bad
O que dizer sobre Breaking Bad que já não foi dito? O final da série amada e aclamada pela crítica foi digno de toda jornada percorrida por Walter White ao longo de 5 temporadas. Os episódios que procederam ao último mostraram todo o horror e dor que Walt infligiu nos outros em sua busca de deixar para a história sua lenda. "Eu fiz isso por mim". E fez mesmo.


Enlightened
Infelizmente a HBO cancelou a série da bem intencionada, egoísta e azarada Amy (Laura Dern - irritante de tão perfeita que está no papel), que depois de um ataque de raiva, vai para reabilitação no Havaí e volta querendo ajudar a tudo e a todos - e falha espetacularmente! Um programa de autoajuda às avessas, que tem meu ingrediente favorito no humor: o cinismo. Uma série, onde todos os personagens são cenas embaraçosas andando por ai que, se pararmos para prestarmos atenção, podem estar neste exato momento do nosso lado.


Game of Thrones
Red Wedding. É incrível como a série consegue condensar bem sua vasta fonte de material e personagens de forma sábia e que prenda a atenção da audiência. As cenas dramáticas são espetaculares e a terceira temporada contou com uma das cenas mais sangrentas da televisão: Red Wedding.


Hannibal
A melhor nova série do ano. Conseguiu captar a atmosfera pesada e sombria de mal estar que o filme original de 1991 provocou quando foi lançado. Meticulosamente fotografada, a estética da série faz jus ao rigor e bom gosto que um personagem como Hannibal Lecter merece. Junte isso a jogos psicológicos para deixar qualquer um doido e atuações arrepiantes e temos mais um vício televisivo!


Homeland
Temporada após temporada, Homeland nos pedia para aceitar certas reviravoltas nas histórias (algumas plausíveis, outras nem tanto) e neste terceiro ano não foi diferente: um embate nervoso entre as demandas da segurança nacional e as demandas do coração com uma trinca de atores magníficos que nos fizeram nos contorcer com tanta tensão até o último momento. E fica a pergunta: como vai ser a quarta temporada?


House of Cards
Tinha tudo para ser um drama político intricado e pretensioso. Mas não, Kevin Spacey (melhor vilão do ano) está perfeito como o deputado filho da puta neste melodrama de suspense político, e porque não, satírico. Impossível escolher alguém para amar/odiar: o deputado que conversa com você enquanto pratica suas vilanias para subir no poder de Washington ou sua esposa, a também perfeita Robin Wright. Com produção do diretor David Fincher (Clube da Luta, O Homem que Não Amava as Mulheres) esta série viciante fez muitos assinarem ao Netflix e assistir a todos os episódios um atrás do outro. A segunda temporada PROMETE.


Les Revenants
A melhor série de mortos-vivos do ano passado não foi The Walking Dead. Ao contrário da série americana, os mortos desta série francesa que voltaram à vida não querem comer cérebros, querem apenas voltar à vida que tinham antes, já que, eles não sabem que morreram. Desde Twin Peaks, uma série não criava um aspecto tão surreal na tela que começou complexa e encanta mais ainda com seu suspense e complexidade a cada episódio acompanhado com a intrigante trilha do Mogwai. Falta muito para a segunda temporada?


Mad Men
Como tem sido desde o início: bem-feita, inquietante e surpreendente - e com um sentimento de que tudo vai terminar. O final foi simplesmente divino e possivelmente teve o melhor encerramento de toda a série: o passado de Don Draper encontrando o seu presente e com o futuro incerto.


Masters of Sex
Poderoso drama de época baseado em fatos reais sobre a grande pesquisa sobre comportamento sexual feita por Bill Masters e Virginia Johnson (Michael Sheen e Lizzy Caplan, ótimos) nos anos 50. Acima de tudo, uma série sobre intimidade no geral – e com tramas paralelas tão boas e instigantes quanto a original: é transcendente a experiência de Allison Janney como a mulher que nunca teve um orgasmo e descobre que seu marido, o reitor da universidade é gay. Uma série que não se intimida do tema e mostra a que veio: quebrar o tabu do sexo com leveza e humor.


Orange Is The New Black
Mais uma surpresa do Netflix: numa trama ao mesmo tempo doce e ácida, a série nos prende com seus diversos e incríveis personagens ao retratar a vida de mulheres na prisão – cada uma delas brilhando de forma única com suas histórias, medos e sonhos pessoais. Elenco talentoso.


The Amazing World of Gumball
Gumball é o melhor desenho dos últimos tempos! Gumball é um gatinho azul, seu pai é um coelho gordo e rosa, sua mãe uma gata azul, tem uma irmã coelha mais nova e bem mais inteligente e um irmão adotado que é um peixe! Mistura live action, 3D, stop motion, humor negro, referências pop, música e muito mais! Bobagem de primeira qualidade! Se as crianças de hoje crescerem assistindo a este desenho, teremos adultos mais interessantes no futuro.


Veep
Mais uma vez o elenco está impecável em cenas de disputas verbais ridiculamente hilárias por qualquer vantagem na arena política – por menor que esta “vantagem” seja. Julia-Louise Dreyfuss brilha. Fica mais divertida (e mais malvada) a cada episódio.

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