Os Favoritos de 2012 | Filmes
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Em ordem alfabética. Foto: Reuters
Amor (Amour, Michael Haneke)
Desprezo, covardia, intolerância, fobia e sadomasoquismo. Só que ao contrário. Michael Haneke, um cineasta conhecido por seus filmes violentos, nos apresenta a maior violência da vida e do amor: o tempo. Um filme que transcende!
Uma cena: cartão-postal cheio de estrelas.
Argo (Ben Affleck)
Tenso, emocionante e bem humorado, “Argo” recria um evento histórico com atenção aos detalhes e personagens finamente forjados. A farsa do ano!
Uma cena: a sequencia do aeroporto!
Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises, Christopher Nolan)
Um épico de ação ambicioso, pensativo e potente que conclui a franquia de Christopher Nolan de forma espetacular e remodelou o cinema de quadrinhos.
Uma cena: o mano a mano entre Batman e Bane!
O Cavalo de Turin (A torinói ló, Béla Tarr)
O diretor húngaro Béla Tarr anunciou que este é seu último filme – e de forma resumida, fala sobre a morte, o tempo, a vida – o peso da existência humana. Béla Tarr, mestre manipulador do tempo, cria uma parábola bonita, intensa e inflexível – e quando termina, uma sensação de admiração e alívio.
Uma cena: a abertura.
Cosmópolis (Cosmopolis, David Cronenberg)
Cronenberg consegue te deixar preso na limusine luxuosa e consequentemente neste filme psicologicamente frio, complexo e analítico da sociedade contemporânea. Direção claustrofóbica.
Uma cena: ratos!
Deixe a Luz Acesa (Keep the Lights On, Ira Sachs)
Excelente romance profundo e íntimo sobre o caso de amor de dois homens que sempre conseguem se manter fiel à própria vida.
Uma cena: no final, desaparecendo na multidão.
Django Livre (Django Unchained, Quentin Tarantino)
Corajoso, violento e esteticamente ousado, “Django Livre” é mais uma obra-prima incendiária de Quentin Tarantino.
Uma cena: o monólogo com o crânio – violência pura sem uma gota de sangue.
Febre do Rato (Cláudio Assis)
É incrível pensar que tantos personagens interessantes realmente existem. Atuações impecáveis, nunca afetadas, fotografia em preto e branco excelente por Walter Carvalho e direção de Claudio Assis está inspirada! Liberdade, sexo, paixão, prazer e poesia diante da fria realidade das prisões sociais.
Uma cena: a história de amor de Pazinho e Vanessa.
Frankenweenie (Tim Burton)
Um energético stop-motion homenageando filmes de terror com efeitos visuais criados com atenção e uma história sincera e bonita. Tim Burton das antigas.
Uma cena: “It’s alive!”
Holy Motors (Leon Carax)
O diretor Leon Carax nos oferece absolutamente nada do que o cinema convencional dispõe: três atos, um protagonista bonito, o triunfo do espírito humano. Inusitado, Holy Motors, de cena em cena você não consegue adivinhar o que vem a seguir!
Uma cena: posso escolher todas?
Indomável Sonhadora (Beasts of the Southern Wild, Benh Zeitlin)
Uma viagem fantástica, emocionante e poderosa! Forte argumento de cinema que valoriza a imaginação sobre o dinheiro. Cheio de imagens impressionantes e atuações maravilhosas.
Uma cena: a sequência com a mãe.
Intocáveis (The Intouchables, Olivier Nakache, Eric Toledano)
Lida com seu tema difícil de forma suave e natural – nada piedoso e sentimentalista. Elenco forte e direção sensível cheio de bons momentos.
Uma cena: a festa de aniversário inesquecível.
Isto Não É Um Filme (In film nist, Mojtaba Mirtahmasb, Jafar Panahi)
Através de meios simples de filmagem (grande parte em iPhone), “Isto Não É Um Filme” apresenta uma declaração política vital e instantânea da vida no Irã como inimigo do Estado. Uma aula de cinema em diversos níveis: documental, político, espontâneo, cru – um exercício artístico e ativista. Uma curiosidade: este “filme” só conseguiu sair do país diretamente para Cannes porque foi transportado dentro de um pendrive que estava dentro de um bolo!
Uma cena: a leitura do roteiro e a demarcação no tapete.
Killer Joe (William Friedkin)
Noir sujo de William Friedkin com personagens feios, degradação e um abuso obsceno de uma coxa de frango! Uma cena: frango frito.
O Lado Bom da Vida (Silver Linings Playbook, David O. Russel)por Givago Oliveira
Por conta de algumas atitudes erradas (ou mal ajustadas) Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua esposa e emprego. Ao tentar se enquadrar socialmente sob os cuidados desarranjados de sua família amorosa e infiel e uma estranha viciada em sexo (Jennifer Lawrence - que não merecia o Oscar, mas esta delicada no papel). Uma comédia romântica sobre desenquadramento afetivo e amoroso.
O Mestre (The Master, Paul Thomas Anderson)
Só precisamos de uma vida. “O Mestre” é inteligente e cativante, “O Mestre” amplia uma série de vitórias para Paul Thomas Anderson em seus filmes desafiadores para públicos sérios. Um espetáculo visual com um embate de atuação entre Seymour Hoffman e Joaquin Phoenix. Excelente trilha sonora de Jonny Greenwood (guitarrista do Radiohead)
Uma cena: ataque de nervos e calmaria na prisão.
O Mistério da Cabana (The Cabin in the Woods, Drew Goddard)
Finalmente um filme de terror diferente – que ironicamente coloca tudo que já vimos antes num mesmo lugar. Mas aí tem a reviravolta! Uma façanha metalinguística capaz de ser engraçada, estranha e assustadora – muitas vezes ao mesmo tempo!
Uma cena: quando os elevadores se abrem!
Moonrise Kingdon (Wes Anderson)
Caloroso, lunático e comovente, “Moonrise Kingdon” é perfeitamente enquadrado e bem atuado, apresentando o escritor e diretor Wes Anderson como seu melhor crítico.
Uma cena: a dancinha na praia.
Na Estrada (On The Road, Walter Salles)
Bonito de se ver, trabalhado com respeito, “Na Estrada” surpreende ao adaptar a obra de Jack Kerouac com inspiração e energia. Espirituoso!
Uma cena: a chegada na casa de Old Bull Lee.
Oslo, 31 de Agosto (Oslo, 31. august, Joachim Trier)
Um estudo inicial de um viciado em drogas confrontando seus demônios, o filme faz essa jornada sombria de grande valor com atuação e direção igualmente fantásticas.
Uma cena: o amanhecer do dia 1º de setembro.
Pina (Wim Wenders)
Um tributo maravilhosamente filmado para as pessoas que expressam a vida através do movimento. 3D pensado.
Uma cena: a dança do amor.
Raul Seixas – O Início, o Fim e o Meio (Walter Carvalho)
Excelente documentário recheado de cenas raras e históricas sobre a vida de um dos artistas mais geniais do Brasil.
Uma cena: a gravação de “Mosca na Sopa”.
Ruby Sparks – A Namorada Perfeita (Ruby Sparks, Jonathan Dayton, Valerie Faris)
Dos mesmos diretores de "Pequena Miss Sunshine", esta comédia romântica de inteligência apurada traz como revelação a atriz e roteirista Zoe Kazan.
Uma cena: "Não conte o final"
Shame (Steve McQueen)
Um mergulho intenso e poderoso dentro da mania e aflição de um vício. Ótimas atuações, fotografia e direção.
Uma cena: New York, New York
O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho)
Uma experiência cinematográfica em que ruídos dizem mais que palavras e personagens são definidos pelo que escondem. Com um olhar original e especifico, o diretor Kleber Mendonça consegue falar do medo da violência – focado na classe média pernambucana.
Uma cena: a dona de casa que se relaciona melhor com seus eletrodomésticos.
Um Alguém Apaixonado (Like Someone in Love, Abbas Kiarostami)
Com a direção e roteiro impecável de Abbas Kiarostami, o filme tem êxito ao explorar como as relações e os papéis podem mudar, dependendo das necessidades, circunstâncias e desejos das pessoas envolvidas. Um filme sobre o relacionamento atual.
Uma cena: uma parada na oficina.
As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, Stephen Chbosky)
A melhor surpresa do ano com a melhor trilha sonora! Uma delícia de filme sobre a adolescência, suas duvidas, seus embaraços e suas descobertas. Verdadeiro e com atuações fortes. Uma cena: Heroes!
Os Vingadores (The Avengers, Joss Whedon)
Com um roteiro que não esquece a humanidade de seus heróis e que encaixa bem todos seus integrantes, “Os Vingadores” fez jus ao seu hype e elevou o cinema de quadrinhos para outro patamar.
Uma cena: “Hulk esmaga!”
Vou Rifar Meu Coração (Ana Rieper)
Abordando o universo da música brega e da traição de forma orgulhosa, documentário desperta nossa curiosidade, diverte e emociona com entrevistas reais através imaginário romântico, erótico e afetivo brasileiro. Uma pena que é muito curto – daria uma ótima série para a televisão.
Uma cena: a música do coração das garotas de programa.